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Cão Pastor Alemão DDR



Um dos impactos mais importantes para a raça do pastor alemão foi na realidade o início da Guerra Fria.

A guerra fria levou à criação fechada durante 40 anos (1949-1989) do pastor alemão.

Durante este período o governo tomou a decisão que todo o novo pastor alemão teria de entrar num programa muito rigoroso, exigente, preciso e controlado de criação.
Controlaram a seleção, inscrição e criação do pastor alemão pois viam o pastor alemão RDA/DDR como cão militar.

As diretivas de reprodução extremamente minuciosas e rigorosas foram colocadas em prática, e, em 40 anos de seleção,  apenas os cães que respondiam aos critérios mais específicos foram autorizados a reproduzir.

As normas de seleção exigiam cães poderosos, robustos, leais, atentos, energéticos, corajosos, seguros e dotados de uma grande inteligência.
A sua saúde tinha de ser sem falhas, um dorso direito tornava-os menos sensíveis aos problemas de displasia, no entanto caso houvesse sinais de displasia da anca ou cotovelos detectados os cães suspeitos eram automaticamente descartados da criação.

Cada ninhada era examinada totalmente: dentes, orelhas, temperamento, pelo… eram examinados como se se tratasse de uma peça de equipamento militar.
Estas normas especificas incluíam capacidade de trabalho destes cães como resistência, tenacidade, capacidade de escalada, robustez, um faro apurado para a busca.
Eram expostos a condições físicas extremas e a um clima muito rude para selecionar os cães mais resistentes geneticamente às doenças assim como de capacidade de sobrevivência e funcionamento nas piores condições climatéricas.

Estes cães eram de cor e pigmentação escura (lobeiro, cinza, castanho escuro, pretos, pretos e castanho), de forte estatura, cabeça forte e larga e existiam cães de pelo curto e longo.
Estes regulamentos rigorosos sobre a raça levaram a formação do pastor RDA (DDR) sendo apenas os melhores usados na criação.

Cerca de 4000 cães com estas características foram utilizados como cães de guarda da fronteira.
Eram amarrados a uma tirolesa de cerca de 70 metros e alimentados apenas a cada 8/10 dias para aumentar a sua agressividade.
Outros trabalhavam na busca e mesmo em matilha nos grandes setores (prédios, florestas, campos).

Após a queda do muro de Berlim em 1990, as patrulhas, não tendo que guardar a fronteira comunista, deixaram de usar esses cães pelo que a criação do estado não tinha mais razão de existir.
Muitos cães infelizmente foram abandonados ou eutanasiados por não se conseguirem famílias para todos.
No entanto alguns criadores recuperaram esses cães.

A SV ( Schäferhund Verein – sociedade alemã que tem o livro de origem do pastor alemão) integrou certos elementos de pelo curto na sua criação que corresponderiam ao standard e passaram a ser denominados de cães de trabalho DDR, contudo nessa época os cães de pelo longo não eram reconhecidos e assim não tendo sido aceitos para integrar a criação de pastores alemães.
Apesar disso, alguns criadores Alemães seduzidos pelas características físicas extraordinárias desses cães e a sua enorme imponência devido ao pelo comprido e dorso direito decidiram continuar a criação deste tipo de pastor alemão com a variante de pêlo comprido.

Com o passar do tempo e afim de o diferenciar dos restantes pastores alemães do FCI, mudaram a denominação desta raça para Altdeutscher schäferhund e continuaram a mesma seleção criteriosa e rigorosa que os criadores precedentes tinham realizado evitando de os cruzar com as linhagens de beleza para manterem o standard antigo.

Fonte Desconhecida


Carlos Capilar
Canil Don Odé

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